sexta-feira, 22 de novembro de 2013
RELAMPIÃO NO FESTIVAL DE TEATRO DE FORTALEZA
A Cia. Paulicéa e Cia. do Miolo, depois de participar dos festivais como FIT (São José do Rio Preto), FILO (Londrina), FENTEP (Presidente Prudente), Festival de Teatro de Havana (Cuba) e do 20 de novembro no Teatro Castro Alves em Salvador a convite do Grupo NATA, seguimos nesta próxima 3º feira para o Festival de Teatro de Fortaleza no Ceará.
Fechando o ano levando nossa obra aos locais de inspiração para nosso espetáculo.
VIVA O POVO NORDESTINO!
RELAMPEIA RELAMPIÃO!
QUE 2014 SEJA TÃO RICO QUANTO FOI 2012 E 2013.
AXÉ!
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
RELAMPIÃO NO TEATRO CASTRO ALVES SALVADOR
NO DIA 20 DE NOVEMBRO
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
O espetáculo RELAMPIÃO esteve no lendário
TEATRO CASTRO ALVES
no projeto
EXU SILE ONÁ TCA
do NATA - NÚCLEO
AFROBRASILEIRO
DE TEATRO
DE ALAGOINHAS- BAHIA
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
RELAMPIÃO EM SAMPA ANTES DE CUBA
RELAMPIÃO FAZ ÚLTIMA APRESENTAÇÃO EM SÃO PAULO
ANTES DO FESTIVAL DE HAVANA
DIA 23 DE OUTUBRO ÀS 14H
NO LARGO DO ROSÁRIO NA PENHA - SP
NÃO PERCAM!!!
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
CRÍTICA DE KIL ABREU SOBRE RELAMPIÃO
CRÍTICA TEATRAL
CANGACEIROS DO ASFALTO,
RE-LAMPIÕES DA REVOLTA
(POR KIL ABREU)
Não poderia ser outro senão o espírito de bando, de trupe, o que irmana a intervenção das Companhias do Miolo e Paulicéia, de São Paulo, nesta retomada poética do mito de Lampião. É excelente e muito sugestivo o nome do espetáculo, que remete tanto ao verbo relampejar quanto ao neologismo popular formado por derivação deste, relampiar. Ou, se quisermos, pelo substantivo Lampião (aquilo que ilumina, ou o próprio personagem histórico mesmo), a que se acrescenta o prefixo re, que indica repetição. Nesse sentido aí um relampião seria , portanto, uma volta a Lampião ou deLampião, bem como um estrondo luminoso, ou re-estrondo, um novo intenso e breve clarão, uma nova, momentânea luz.
Em qualquer caso, no espetáculo permanece o sentido das vozes que explodem em revolta, que não estão reunidas para contar uma vez mais a história do cangaço, mas para contrastar seu espírito com os deserdados de hoje, personificados no lúmpen urbano de errantes, desempregados, subempregados, artistas perdidos na cachaça ou na amargura alimentada pelas dobras difíceis da vida. Sob a informação extra-ordinária do próprio Virgulino Ferreira, revivido, ou de um assum preto que entoa o cancioneiro popular enquanto provoca corações e mentes, essa gente é instigada a fazer arma da amargura para, como aquele, ir à luta.
A dramaturgia de Solange Dias é uma beleza de escrita. Sem heroicizar e pondo a nu as contradições das personagens, alinhava aproximações e filosofa com precisão admirável sobre fatos e histórias de tempos diferentes, em síntese épico-poética que arrebata em um mesmo movimento o melhor da fala desobediente de antes ao estado das coisas no agora. Perfaz entre outras coisas, em crescente tomada de consciência, o encorajamento à assunção da responsabilidade sobre os rumos da própria história, no sentido dos percursos individuais tanto quanto do coletivo.
O fundamental na encenação de Alexandre Kavanji (direção geral) e Renata Lemes (direção de atores) é o trabalho dedicado para criar a indispensável ânima bem afirmada que a montagem pede sem perder de vista as nuances de pensamento. Em Prudente um detalhe técnico, a qualidade da amplificação das vozes aos microfones, tendeu a comprometer este equilíbrio, sobretudo para quem se manteve próximo às caixas de som. De um lugar mais afastado, porém, era possível ouvir melhor e com mais clareza o texto e observar o bom desenho na marcação, que segue em evoluções coreográficas e musicais estudadas e orgânicas ao fundamental do que está sendo explorado em cada passagem. Dinâmica bem amparada na direção musical de Charles Raszl.
Um elenco que vai para a cena de peito aberto, mas com noção clara sobre as medidas da atuação, faz toda a diferença. Sem nenhuma exceção são muito bem conduzidas, nos trabalhos físicos e vocais, as modulações no estado das personagens, que transitam do prostrado ao desejo inadiável de mudança, do lamento pessoal ao sangue nos olhos que, reconhecido como um sentimento não ilhado, aponta o princípio de convulsão social. É uma trupe valente formada por Aysha Nascimento, Antonia Mattos, Daniel Farias, Dudu Oliveira, Edi Cardoso, Francisco Gaspar e Harley Nóbrega, na companhia dos músicos Daniel Rodrigues e Glauber Coimbra. Ainda que haja desempenhos individuais com momentos aqui e ali mais brilhantes, todos têm passagens em que uma intervenção mais proeminente é pedida, e nenhum deixa de aproveitar a sua hora vital, o que garante à montagem um equilíbrio na sua função mais importante em se tratando da cena de rua. No conjunto, é o sentido bem afirmado da energia do bando o que garante a teatralidade .
Diante do rendimento estético mais que razoável, que compõe a bonita paisagem que o teatro de rua representa hoje em São Paulo, resta elogiar não apenas o acabamento formal do espetáculo, como também as suas motivações e escolhas. Pois o ponto de vista do qual a narrativa se conta é, antes de tudo, indicativo de uma posição, de uma afirmação sobre de que lado estão estes artistas, em uma época na qual nos querem fazer crer que só existe um lado e que por isso a expectativa sobre enfrentamentos e sobre mudanças profundas é coisa que ficou para trás. As companhias do Miolo e Paulicéia, com seu teatro desassossegado e em sintonia com certo sentimento “espírito de porco” que volta a contaminar a época, riscam o chão, relampiam a cena e nos lembram, com seu estrondoso chamado, que não é bem assim.
Fonte: Assessoria de Imprensa XX FENTEPP
FOTOS NO CAMELÓDROMO FERNANDO MARTINEZ
FOTOS DO DISTRITO DE ENEIDA PAULO TEUTÔNIO
http://www.fentepp.com.br/noticias/critica-teatral--cangaceiros-do-asfalto-re-lampioes-da-revolta-por-kil-abreu/56
http://www.fentepp.com.br/noticias/critica-teatral--cangaceiros-do-asfalto-re-lampioes-da-revolta-por-kil-abreu/56
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
RELAMPIÃO NO XX FENTEPP (Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente)
O Fentepp – Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente - hoje é o maior evento cultural da região. Na sua XX edição consolida o teatro como linguagem de suma importância para Pres. Prudente, pois além de formar artistas e espectadores, permite durante a sua realização colocar a cidade como referência e vitrine da produção nacional. O evento será realizado de 07 de setembro a 21 de setembro. Trata-se de uma realização do Governo Municipal de Presidente Prudente, do Sesc SP e do Governo do Estado de São Paulo.
Inicialmente, o Festival foi idealizado para suprir a demanda da produção estadual com sua primeira edição realizada em 1985.
Seu crescimento é contínuo e alicerçado no conceito de ser um Festival que evidencia o panorama do teatro nacional, o que o tem mantido sólido, possibilitando a cada edição, a reflexão e a discussão da produção nacional sem perder de vista a própria origem.
Sem caráter competitivo, o Fentepp busca incentivar produções cênicas por meio da Mostra de Espetáculos para Criança e Adulto, Mostra Alternativa e de Rua. Outro compromisso é a valorização dos processos de produção cultural através das atividades formativas.
Um Festival que contempla a atividade teatral na sua essência, possibilitando o encontro do público com as produções artísticas contemporâneas.
SINOPSE:
A Cia. do Miolo e a Cia Paulicea nesse espetáculo revisitam as histórias de Lampião – O Mito do Cangaço para aproximá-las das questões cotidianas de nosso tempo. O que há em comum entre a luta do cangaço e as lutas pela vida na contemporaneidade? Os grupos apostam, pois, em uma caatinga de concreto, em múltiplos Lampiões e Marias Bonitas revelados na dramaturgia deste espetáculo.
FICHA TÉCNICA:
Direção: Alexandre Kavanji
Direção de Atores: Renata Lemes
Dramaturgia: Solange Dias
Direção Musical: Charles Raszl
Músicos: Daniel Zacarias, Glauber Coimbra e Antonia Mattos
Figurino, Adereços e Ambientação: Luis Augusto dos Santos
Preparação Corporal: Alício Amaral e Juliana Pardoda Cia. Mundu Rodá
Maquiagem: Guto Togniazzolo
Oficina de Interpretação: Ednaldo Freire
Costureiras: Cosma Cecilia da Silva Soares e Alice Correa
Artesão: Luis Paulinho da Cunha
Fotos da Identidade Visual: Radhamés Camponato Sant’Anna
Designer Gráfico: Pedro Penafiel
Sonarização e Técnico de Áudio: Gabriel Kavanji
Produção Geral: Iarlei Rangel
Elenco: Aysha Nascimento, Antonia Mattos, Daniel Farias, Dudu Oliveira, Edi Cardoso, Francisco Gaspar e Harley Nóbrega
AGENDA DO ESPETÁCULO NO FESTIVAL:
11/09 - Quarta (20h)
Local: Distrito de Eneida
12/09 - Quinta (11h)
Local: Praça da Bandeira (Camelódromo)
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
RELAMPIÃO INVADE CIDADES DO INTERIOR PAULISTA
CIRCUITO CULTURAL PAULISTA 2013 e Mostra SESC de Teatro de Rua
08/set
|
SÃO
JOSÉ DO RIO PARDO - Circuito Paulista
|
16:30h
|
14/set
|
SÃO
MANUEL- Circuito Paulista
|
16h
|
15/set
|
JAÚ-
Circuito Paulista
|
16h
|
25/set
|
ITATIBA-
Circuito Paulista
|
16h
|
26/set
|
Mostra SESC de Teatro de Rua CAMPINAS
|
12h
|
28/set
|
PIEDADE-
Circuito Paulista
|
20h
|
29/set
|
ITARARÉ-
Circuito Paulista
|
17h
|
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
RELAMPIÃO NO FILO LONDRINA
Lampião na cidade
A Cia Paulicea e a Cia do Mundo apresentam o espetáculo de rua “Relampião” nesta quinta-feira (5), às 11 horas, na Praça Marecha Floriano Peixoto. O espetáculo traz para o cotidiano de hoje as histórias de Lampião. O que há em comum entre a luta do cangaço e as lutas pela vida na contemporaneidade?
“Relampião” revela os múltiplos Lampiões e Marias Bonitas que aparecem diariamente nas cidades, gente comum que luta para sobreviver em meio a tantas desigualdades. Sete atores e dois músicos apresentam personagens que vivem entre a luta cotidiana e a utopia que alimenta suas vidas por outra existência nas grandes metrópoles. A Cia Paulicea e a Cia do Mundo, de São Paulo, apostam em uma caatinga de concreto, em múltiplos Lampiões e Marias Bonitas revelados na dramaturgia deste espetáculo.
Para o diretor Alexandre Kavanji, o espetáculo revela muitos traços da cultura e da própria história do Brasil. A linguagem de “Relampião”, a dramaturgia, figurinos e músicas foram criados a partir de pesquisa voltada para a cultura popular brasileira: o cavalo-marinho, o samba, as carrancas de São Francisco, os tipos populares do Brasil.
Os Grupos
Cia do Miolo - O percurso da companhia partiu de uma pesquisa sobre o teatro popular. Em 2000 montou “O Casamento Suspeitoso”, de Ariano Suassuna e, dando continuidade a esta pesquisa do popular, em 2002, a companhia leva para as ruas de São Paulo “O Burguês Fidalgo”, de Molière, com direção de Bete Dorgam. Em 2004, com a montagem de “O Doente Imaginário”, também de Molière, a companhia intensifica a pesquisa sobre as possibilidades expressivas do corpo na rua, desenvolvendo uma sistemática de treinamentos voltados para lapidar o corpo como material expressivo elementar do encontro teatral. No final de 2007, após sete anos de trajetória, revendo seu percurso e refletindo sobre o sentido e desafios do teatro na contemporaneidade, a companhia percebe a importância de encontrar novas formas que dêem conta da nova realidade, Com este intuito, lançaram-se na pesquisa para a nova montagem “ALICE! Uma adaptação urbana da obra de Lewis Carroll, que teve estreia em setembro de 2008 com direção Fábio Resende e dramaturgia de Alexandre Krug.
Cia Paulicea - Filiada à Cooperativa Paulista de Teatro, vem atuando desde 1997. Seu primeiro trabalho foi “Próxima Parada: Paulicéia Desvairada”, escrito e dirigido por Alexandre Kavanji, voltado para o público adolescente. Cumpriu temporada na cidade de São Paulo e interior, além de participar de projetos programados pela Secretaria Municipal de Cultura.
Duração: 60 minutos | Classificação: Teatro de rua | Faixa etária: Livre
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Solange Dias | Direção: Alexandre Kavanji | Elenco: Aysha Nascimento, Antonia Mattos (atriz e musicista), Daniel Farias, Dudu Oliveira, Edi Cardoso, Francisco Gaspar, Harley Nóbrega. Músicos: Daniel Rodrigues e Glauber Coimbra. | Figurino, Adereços e Ambientação:Luiz Augusto dos Santos |Direção Musical: Charles Raszl | Fotografia:Arô Ribeiro | Produção e administração: Iarlei Rangel | Realização: Cia Paulicea e Cia do Miolo
Serviço:
Festival Internacional de Londrina – FILO 2013 - De 23 de agosto a 7 de setembro.
Realização: Associação dos Amigos da Educação e Cultura Norte do Paraná (Àmen) e Universidade Estadual de Londrina (UEL). Direção: Luiz Bertipaglia.
Patrocínio: Petrobras, Governo Federal / Ministério da Cultura / Lei de Incentivo à Cultura, Prefeitura de Londrina / Secretaria Municipal da Cultura / Programa Municipal de Incentivo à Cultura, Caixa, Copel, Sanepar / Governo do Paraná, Unimed Londrina, Unimed Seguros, Catuaí Shopping Londrina e Viação Garcia. Apoio: Programa Conta Cultura, Sesi, Londrina Convention & Visitors Bureau, Aliança Francesa, w2 digital, UEL FM e Itamaraty.
Informações:43 3324-7399
Bilheteria:43 3356-7539
Oficinas: 43 3322-3231
Para o diretor Alexandre Kavanji, o espetáculo revela muitos traços da cultura e da própria história do Brasil. A linguagem de “Relampião”, a dramaturgia, figurinos e músicas foram criados a partir de pesquisa voltada para a cultura popular brasileira: o cavalo-marinho, o samba, as carrancas de São Francisco, os tipos populares do Brasil.
Os Grupos
Cia do Miolo - O percurso da companhia partiu de uma pesquisa sobre o teatro popular. Em 2000 montou “O Casamento Suspeitoso”, de Ariano Suassuna e, dando continuidade a esta pesquisa do popular, em 2002, a companhia leva para as ruas de São Paulo “O Burguês Fidalgo”, de Molière, com direção de Bete Dorgam. Em 2004, com a montagem de “O Doente Imaginário”, também de Molière, a companhia intensifica a pesquisa sobre as possibilidades expressivas do corpo na rua, desenvolvendo uma sistemática de treinamentos voltados para lapidar o corpo como material expressivo elementar do encontro teatral. No final de 2007, após sete anos de trajetória, revendo seu percurso e refletindo sobre o sentido e desafios do teatro na contemporaneidade, a companhia percebe a importância de encontrar novas formas que dêem conta da nova realidade, Com este intuito, lançaram-se na pesquisa para a nova montagem “ALICE! Uma adaptação urbana da obra de Lewis Carroll, que teve estreia em setembro de 2008 com direção Fábio Resende e dramaturgia de Alexandre Krug.
Cia Paulicea - Filiada à Cooperativa Paulista de Teatro, vem atuando desde 1997. Seu primeiro trabalho foi “Próxima Parada: Paulicéia Desvairada”, escrito e dirigido por Alexandre Kavanji, voltado para o público adolescente. Cumpriu temporada na cidade de São Paulo e interior, além de participar de projetos programados pela Secretaria Municipal de Cultura.
Assessoria de Imprensa FILO 2013
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Solange Dias | Direção: Alexandre Kavanji | Elenco: Aysha Nascimento, Antonia Mattos (atriz e musicista), Daniel Farias, Dudu Oliveira, Edi Cardoso, Francisco Gaspar, Harley Nóbrega. Músicos: Daniel Rodrigues e Glauber Coimbra. | Figurino, Adereços e Ambientação:Luiz Augusto dos Santos |Direção Musical: Charles Raszl | Fotografia:Arô Ribeiro | Produção e administração: Iarlei Rangel | Realização: Cia Paulicea e Cia do Miolo
Serviço:
Festival Internacional de Londrina – FILO 2013 - De 23 de agosto a 7 de setembro.
Realização: Associação dos Amigos da Educação e Cultura Norte do Paraná (Àmen) e Universidade Estadual de Londrina (UEL). Direção: Luiz Bertipaglia.
Patrocínio: Petrobras, Governo Federal / Ministério da Cultura / Lei de Incentivo à Cultura, Prefeitura de Londrina / Secretaria Municipal da Cultura / Programa Municipal de Incentivo à Cultura, Caixa, Copel, Sanepar / Governo do Paraná, Unimed Londrina, Unimed Seguros, Catuaí Shopping Londrina e Viação Garcia. Apoio: Programa Conta Cultura, Sesi, Londrina Convention & Visitors Bureau, Aliança Francesa, w2 digital, UEL FM e Itamaraty.
Informações:43 3324-7399
Bilheteria:43 3356-7539
Oficinas: 43 3322-3231
terça-feira, 16 de julho de 2013
Crítica de Relampião no Fit Rio Preto por Valmir Santos
Crítica de Relampião no Fit Rio Preto por Valmir Santos
Relampião questiona quem se deixa conduzir
A parceria das companhias Paulicea e do Miolo em Relampião transpõe o mito sertanejo para as pelejas urbanas com agudeza de espírito e licenças poética e histórica que relacionam o cangaço à luta contra injustiça social.
Nas primeiras décadas do século XX, nos sertões do Nordeste, um bando de homens (e algumas poucas mulheres) pobres enfrentou o coronelismo, o conluio destes com políticos e os soldados do governo, os “macacos”. Não se trata de reconstituir os fatos ou contrabalançar heroísmo e marginalidade. Em vez de revisar maniqueísmos da historiografia oficial ao pé da letra, o espetáculo de rua expõe o contraditório da cidadania no presente e a equivalência de forças sob a perspectiva dos explorados.
A dramaturgia de Solange Dias converte o bando mitológico em trabalhadores informais que configuram uma comunidade no espaço público. É nessa ágora contemporânea que os direitos básicos constitucionais são reivindicados (casa, saúde, educação, trabalho, etc.). A consciência crítica é estimulada por meio da cultura popular e suas fontes orais, visuais e musicais – estética ademais vinculada ao imaginário de Lampião, ou Virgulino Ferreira da Silva.
Sete atores e dois músicos seguram a roda e o riscado. Objetos, adereços, algumas máscaras e instrumentos também tocados pelos atuantes servem à narrativa épica.
Destacam-se os desempenhos de Antonia Mattos na figura de Assum Preto (ela é musicista e encanta pela dobradinha voz e rabeca) e de Aysha Nascimento como a vendedora ambulante Janaina, dona de olhos compenetrados que capturam o último espectador do círculo seja onde estiver.
É a musicalidade, de fato, que alicerça o espetáculo. A direção musical de Charles Raszl amarra bem as passagens corais que entremeiam os diálogos. Há composições próprias ou clássicas da MPB, como Moro na roça, de Xangô da Mangueira e Jorge Zagaia (imortalizada por Clementina de Jesus), e Vai trabalhar vagabundo, de Chico Buarque.
Ainda vêm à tona um desempregado que sonha com carteira assinada, um peixeiro que nunca viu o mar, uma sem-teto esperançosa de casa própria, um bicheiro compositor de samba e o próprio Virgulino, que faz às vezes de um oráculo, postado em seu nicho cênico de metro quadrado, um palquinho, de onde salta para pontuar as arapucas da sociedade. O princípio da obra sem protagonistas, que não o coletivo, é o de que cada um deve conduzir sua história e não ser conduzido.
>> O jornalista viajou a convite da organização do FIT Rio Preto. Produziu textos para o catálogo e articulou parte das atividades formativas.
Ficha técnica
Dramaturgia: Solange Dias
Direção: Alexandre Kavanji
Direção de atores: Renata Lemes
Com: Antonia Mattos, Aysha Nascimento, Dudu Oliveira, Edi Cardoso, Flávio Rodrigues, Francisco Gaspar e Harley Nóbrega
Músicos: Daniel Zacharias e Glauber Coimbra
Direção musical: Charles Raszl
Figurinos, adereços e ambientação: Luiz Augusto dos Santos
Preparação corporal: Alcio Amaral e Juliana Pardo (Companhia Mundu Rodá)
Maquiagem: Guto Togniazzolo
Técnico de áudio: Gabriel Kavanji
Designer gráfico: Pedro Penafiel
Produção geral: Iarlei Rangel
Realização: Companhia do Miolo e Companhia Paulicea
http://teatrojornal.com.br/2013/07/relampiao-questiona-conducao-da-historia-de-cada-um/
Nas primeiras décadas do século XX, nos sertões do Nordeste, um bando de homens (e algumas poucas mulheres) pobres enfrentou o coronelismo, o conluio destes com políticos e os soldados do governo, os “macacos”. Não se trata de reconstituir os fatos ou contrabalançar heroísmo e marginalidade. Em vez de revisar maniqueísmos da historiografia oficial ao pé da letra, o espetáculo de rua expõe o contraditório da cidadania no presente e a equivalência de forças sob a perspectiva dos explorados.
A dramaturgia de Solange Dias converte o bando mitológico em trabalhadores informais que configuram uma comunidade no espaço público. É nessa ágora contemporânea que os direitos básicos constitucionais são reivindicados (casa, saúde, educação, trabalho, etc.). A consciência crítica é estimulada por meio da cultura popular e suas fontes orais, visuais e musicais – estética ademais vinculada ao imaginário de Lampião, ou Virgulino Ferreira da Silva.
Sete atores e dois músicos seguram a roda e o riscado. Objetos, adereços, algumas máscaras e instrumentos também tocados pelos atuantes servem à narrativa épica.
Destacam-se os desempenhos de Antonia Mattos na figura de Assum Preto (ela é musicista e encanta pela dobradinha voz e rabeca) e de Aysha Nascimento como a vendedora ambulante Janaina, dona de olhos compenetrados que capturam o último espectador do círculo seja onde estiver.
É a musicalidade, de fato, que alicerça o espetáculo. A direção musical de Charles Raszl amarra bem as passagens corais que entremeiam os diálogos. Há composições próprias ou clássicas da MPB, como Moro na roça, de Xangô da Mangueira e Jorge Zagaia (imortalizada por Clementina de Jesus), e Vai trabalhar vagabundo, de Chico Buarque.
Ainda vêm à tona um desempregado que sonha com carteira assinada, um peixeiro que nunca viu o mar, uma sem-teto esperançosa de casa própria, um bicheiro compositor de samba e o próprio Virgulino, que faz às vezes de um oráculo, postado em seu nicho cênico de metro quadrado, um palquinho, de onde salta para pontuar as arapucas da sociedade. O princípio da obra sem protagonistas, que não o coletivo, é o de que cada um deve conduzir sua história e não ser conduzido.
>> O jornalista viajou a convite da organização do FIT Rio Preto. Produziu textos para o catálogo e articulou parte das atividades formativas.
Ficha técnica
Dramaturgia: Solange Dias
Direção: Alexandre Kavanji
Direção de atores: Renata Lemes
Com: Antonia Mattos, Aysha Nascimento, Dudu Oliveira, Edi Cardoso, Flávio Rodrigues, Francisco Gaspar e Harley Nóbrega
Músicos: Daniel Zacharias e Glauber Coimbra
Direção musical: Charles Raszl
Figurinos, adereços e ambientação: Luiz Augusto dos Santos
Preparação corporal: Alcio Amaral e Juliana Pardo (Companhia Mundu Rodá)
Maquiagem: Guto Togniazzolo
Técnico de áudio: Gabriel Kavanji
Designer gráfico: Pedro Penafiel
Produção geral: Iarlei Rangel
Realização: Companhia do Miolo e Companhia Paulicea
http://teatrojornal.com.br/2013/07/relampiao-questiona-conducao-da-historia-de-cada-um/
terça-feira, 25 de junho de 2013
RELAMPIÃO EM 3 FESTIVAIS INTERNACIONAIS DA AMÉRICA LATINA
RELAMPIÃO NO FILO
ESPETÁCULOS INTERNACIONAIS:
Cia La Tristura – “Materia Prima” Espanha
Cia Roger Bernat - “ Pendiente de Voto” Espanha
Peripécia Teatro – “1325” Portugal
Perth Theater Company – “As Aventuras de Alvin Sputnik” Austrália
Alto Teatro - “Solo Con Esto” Bolívia
François Khan - “Viagem a Izu” França
ESPETÁCULOS NACIONAIS:
Cia Paulicéia e Miolo – “ Relampião” São Paulo (SP)
Grupo Galpão – “Os Gigantes da Montanha” Belo Horizonte (MG)
Cia Teatro Balagan – “Recusa” São Paulo (SP)
Paula de Renor e Sandra Possani – Duas Mulheres em Preto e Branco Recife (PE)
Grupo Magiluth – Viúva, porém honesta” Recife (PE)
Grupo Lume Teatro – “Os Bem-Intencionados” Campinas (SP)
Massa Grupo de Teatro – “Capivara na Luz trava” Rio de Janeiro (RJ)
Cia Senhas – “Circo negro” Curitiba (PR)
Gero Camilo – “A casa Amarela” São Paulo (SP)
Cia Cemitério de Automóveis – "Mulheres" São Paulo (SP)
Quatroloscinco Teatro do Comum – “Outro lado” Belo Horizonte (MG)
Cia Andante – “Espia só!” Itajaí(SC)
Grupo Sobrevento – “São Manuel Bueno, Mártir” São Paulo (SP)
Cia Club Noir – “Peep Classic Ésquilo” São Paulo (SP)
Maracujá Laboratório de Artes – “Rabisco – um cachorro perfeito” São Paulo (SP)
Cia Chica e Olga Ateliê de Criações – “Em busca do Ingrediente Secreto” São Paulo (SP)
Cia Figurino e Cena – “De volta ao começo” Curitiba (PR)
Cia Pia Fraus – “Filhotes da Amazônia” São Paulo (SP)
Cia do Latão – Ópera dos Vivos São Paulo (SP)
Cia Mungunzá – Luiz Antônio-Gabriela São Paulo (SP)
Armazém Companhia de Teatro – A Marca da Água Rio de Janeiro (RJ)
quarta-feira, 5 de junho de 2013
RELAMPIÃO NO CIRCUITO SESC DE ARTES DE 07 A 23 DE JUNHO
http://circuito.sescsp.org.br/categoria/teatro
Bebedouro
07/06/2013
- Praça Barão do Rio Branco, Centro.
Itápolis
08/06/2013
- Rua Presidente Valentin Gentil - Praça Pedro Alves de Oliveira - Centro
Novo Horizonte
09/06/2013
- Praça 9 de Julho -( Praça do Bancão) - Centro
Araçatuba
14/06/2013
- Praça Getúlio Vargas, Centro
Andradina
15/06/2013
- Praça José Yarid, Centro
Lins
16/06/2013
- Casa da Cultura Lins – Avenida José da Conceição, 111, Centro
Lucélia
21/06/2013
- Pátio da Estação Ferroviária - Praça Luis Ferraz de Mesquita, Centro
Osvaldo Cruz
22/06/2013
- Complexo Esportivo Jubileu de Ouro, Rua Manoel dos Santos, 200, Centro.
Presidente Venceslau
23/06/2013
- Praça Nicolino Rondó (Praça do Correio) - Av D. Pedro II, Centro
ATRAÇÕES
Música
Intervenção
quinta-feira, 23 de maio de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
RELAMPIÃO NA VIRADA CULTURAL
RELAMPIÃO NA VIRADA CULTURAL
DOMINGO ÀS 11H
NO LARGO DO PAISSANDU
NA AVENIDA SÃO JOÃO EM FRENTE A GALERIA OLIDO
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Espetáculo Relampião é indicado em duas categorias no prêmio CPT
O espetáculo RELAMPIÃO está concorrendo em duas categorias no Prêmio CPT no segundo semestre.
Categorias:
- Teatro apresentado em Rua.
- Projeto Sonoro: compreendendo a integração orgânica entre os elementos sonoros do espetáculo e sua realização cênica – palavra, canto, trilha original ou adaptada, arranjos e sonoplastia.
A entrega do prêmio será realizada no dia 25 de fevereiro às 20h no Galpão do Folias, Rua Ana Cintra 213, Santa Cecília.
Confira a lista completa de indicados.
Dia 21 de fevereiro - RELAMPIÃO- em Presidente Prudente dentro da programação do SESC Verão
Dia 21 de fevereiro às 10h na Praça 21 de julho e as 18h no Parque do Povo em Presidente Prudente.
Programação Gratuita
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